CORPO DE DELITO
Leva-me nas tuas asas.
Deseja-me...
Vibro,pelo fogo das tuas mãos.
Vivo,pelo toque da tua voz.
Faz-me sonhar.
Mostra-me o teu mundo,
Repleto de sonhos e fantasias.
De planícies de deserto sedento.
De céus feitos de luz.
De dúvidas e medos.
De sangue e lágrimas.
De amor profundo.
Mostra-te por fim.
Deixa-me agarrar o sonho que te faz continuar,existir...
Ter-te,enfeitiçar-te!
Mesmo que por um instante apenas.
Leva-me para lugares desconhecidos.
Mostra-me o sopro da vida...
As florestas onde a lua surge pálida e fria,
Os lagos gelados de prata para além do horizonte.
As planícies verdejantes repletas de ruínas de outros tempos.
Solta-te e dá-me tudo de ti.
Abraça-me.Sente-me.Agarra-me.Ama-me.
Conduz-me à tua terra de sonho.
Enche-me com o teu desejo,
Tão ardente,tão devorador...
Abre a tua porta mais profunda e escondida
E estende a tua mão para mim...
O corpo é uma parte da personalidade humana. Somos pessoas de carne e osso e para nos expressarmos e realizarmos necessitamos do nosso corpo. Fazemos tudo através dele. Para que essa expressão e realização saia bem temos de treinar o corpo. Há que aprender a dançar, a escrever, a andar, a falar, a pintar, a praticar qualquer desporto, a cantar e inclusive a comer. Se não, essas actividades fazem-se mal, duma forma tosca, sem graça, como pessoas incultas ou como animais. Para todo o tipo de expressão é necessário ter um corpo bem treinado. Esse treino é o modo de "personalizar" o corpo, para que não seja simplesmente carne e osso, mas expressão do meu eu, dos meus gostos, da minha pessoa. Através do treino e da educação, o corpo integra-se na nossa personalidade e permite-nos desenvolvê-la. O treino faz que a unidade de alma e corpo seja algo operativo, prático.
Se não há treino, ainda que a pessoa queira expressar-se e realizar-se, não poderá, sentirá a frustração de não poder comunicar o que tem dentro, de não poder realizar os seus sonhos. Em lugar de cantar, sairão uns uivos próprios de animais; em lugar de dançar, uns movimentos desajeitados e ridículos; em lugar de saber exprimir-se, falará como um inculto e não poderá transmitir o que sente; em lugar de comer com dignidade, parecerá um animal que satisfaz os seus instintos e provocará repugnância. Isto é uma coisa que todos sabemos.
Ora bem, o mesmo se passa com a nossa sexualidade. É a expressão corporal da nossa capacidade de amar e de nos entregarmos por inteiro, mas se não a educarmos, em lugar de servir para expressar e realizar o amor, arrastar-nos-á a comportar-nos como animais, como se passa com quem não sabe falar ou não sabe comer. Que a sexualidade seja expressão de amor é algo exclusivo e típico do homem. E, como tudo o que é tipicamente humano, é algo que está por realizar, algo que há que conseguir com base no exercício da própria liberdade.
Luísa Oliveira
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